Será má intenção da mesa da Assembleia da Câmara Municipal da Murtosa, ou falta de atenção, mas o que é verdade é que as actas escritas pela secretária/o desta mesa não batem certo com o que foi discutido nestas mesmas Assembleias. Isso é uma realidade. Algo vai mal nestas mesmas Assembleias, que são presididas pelo Partido Social Democrata, da Murtosa.
Se não, vejamos. Na ante-penúltima Assembleia houve uma interpelação de Augusto leite, referindo a importância de se gravar as Assembleias Municipais, para memória futura (ver vídeo abaixo) e de seguida, o membro do PSD José Simões dirigiu-se à mesa da Assembleia, dizendo que tinha dúvidas da legitimidade das gravações destas Assembleias, pedindo ao Presindente da Assembleia que procurasse saber, junto ao Ministério Público, essa mesma legitimidade (ver vídeo abaixo). Ora, quando foi enviado, como é costume, as actas aos deputados, para que estes as possam consultar e pedirem alterações na Assembleia seguinte, se assim o entenderem, constatou-se que no registo da interpelação do José Simões, registada em acta, constava, que no dia da Assembleia da Câmara Municipal da Murtosa de 29 de Abril , o deputado José Simões interpelou a mesa da Assembleia, para pedir esclarecimentos da legitimidade da gravação da Assembleia, do deputado Augusto Leite e da imprensa local.
Como imprensa local referia-se esta acta ao Jornal Ribeirinhas, o que é redondamente mentira. José Simões nunca se referiu a nenhuma imprensa local, o que teria toda a legitimidade para o fazer, convenhamos. Perante esta mentira, uma vez que nunca foi discutido ou mencionado o nome do Ribeirinhas, nessa mesma Assembleia, o deputado Augusto Leite pediu uma rectificação deste registo em acta à mesa da Assembleia, proposta de rectificação que foi votada e reprovada pela maioria dos deputados do PSD, que mesmo sabendo que estava errada votaram contra a rectificação.
O que eu pergunto aqui e perante isto é o seguinte; o que é que leva neste caso cerca de 10 chefes de família, que eu os tenho como pessoas honestas e com um passado mais ou menos exemplar, a concordar (a corroborar) numa mentira, a cometer perjúrio ao votar contra à rectificação de um comentário que à prior sabiam que estava errado? Será o dever político que os faz proceder assim, ou apenas, o acto em si de prazer de votar contra e o de insistir numa mentira?
Perante estes factos chegamos à conclusão, que estas actas, que dentro de alguns anos deveriam ser documentos históricos e fidedignos para o Concelho da Murtosa, não passam de uma grande mentira e de uma intrujice escrita à vontade do freguês, que neste caso é o PSD.
Nota-se, contudo, que as Assembleias Municipais, estão mais democráticas, desde que o nosso jornal começou a filmar e a fazer registos para a posteridade. Mas mesmo assim, se comparar-mos o que aconteceu numa determinada Assembleia Municipal e o que vem na acta, é realmente um caso de polícia, constituindo um atropelo à liberdade de expressão e claramente uma tendência anti-democrática.
Mas no que tange a Murtosa e o seu Presidente, já conhecemos muito bem o que ele pensa da democracia e como a pratica, não fosse a frase preferida dele “manda quem pode, abedece quem deve”, frase claramente ligada ao Estado Novo, em tempos que já se foram e que amarraram Portugal a uma ditadura, durante quase 50 anos