Murtosa celebrou a 6ªFeira Santa, com uma procissão, que correu as ruas da Murtosa, da parte da manha. Centenas de pessoas juntaram-se à procissão que durou cerca de 3 horas e que culminou com o encontro de Jesus e de sua Mãe.
A Sexta-Feira Santa, ou “Sexta-Feira da Paixão”, é a Sexta-Feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo.
Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríduo pascal, o mais importante período do ano litúrgico. A Igreja celebra e contempla a paixão e morte de Cristo, pelo que é o único dia em que não se celebra, em absoluto, a Eucaristia.
Todavia, mesmo sem a celebração da missa, tem lugar, no rito romano, uma celebração litúrgica própria deste dia. Tal celebração tem alguma semelhança com a celebração da Eucaristia, na sua estrutura, mas difere essencialmente desta pelo facto de não ter Oração Eucarística, a mais importante parte da missa católica (nas celebrações que se realizam por todo o mundo são consumidas as hóstias consagradas no dia anterior, durante as celebrações da instituição da Eucaristia).
A celebração da morte do Senhor consiste, resumidamente, na adoração de Cristo crucificado, precedida por uma liturgia da Palavra e seguida pela comunhão eucarística dos participantes. O sacerdote que preside está paramentado com a cor vermelha, para assinalar precisamente a paixão e morte de cristo, já que esta é a cor litúrgica associada ao fogo do Espírito Santo/Pentecostes e é a cor dos mártires.
Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.
A Sexta-feira Santa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo a primeira Sexta-feira após a primeira lua cheia depois do equinócio de Outono no hemisfério sul ou o equinócio de Primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 20 de março e 23 de abril.
Em algumas localidades, a Celebração da Paixão e Morte do Senhor é procedida da Procissão do Enterro, também conhecida como Procissão do Senhor Morto, durante a qual predomina o silêncio e a luz das tochas e das velas, que os fiéis transportam. O Senhor segue, ou num pequeno tombinho, ou numa imagem que o representa acabado de descer da cruz.
Este ato religioso foi estabelecido, em Portugal, nos séculos XV e XVI, passando a integrar as celebrações tradicionais da Semana Santa.