As três propostas vencedoras do Orçamento Participativo do Município de Albergaria-a-Velha foram apresentadas ao público na Biblioteca Municipal. A sessão contou com a presença de Almeida Henriques, Presidente da Câmara Municipal de Viseu, que relatou a experiência do seu Município neste modelo de democracia de proximidade.
O Presidente da Câmara de Albergaria, António Loureiro, manifestou a sua satisfação com a adesão da comunidade na primeira edição do Orçamento Participativo. “Existe um grande divórcio entre a população e a política”, referiu o Autarca, salientando que o Orçamento Participativo permitiu aproximar a comunidade à atividade municipal.
Na plataforma “Albergaria Participa”, foram submetidas 93 propostas, sendo selecionadas 38 para o processo de votação, após uma análise técnica por parte dos serviços camarários. Os projetos mais votados foram a criação de um albergue para animais errantes, que inclui canil e gatil, destinado às seis freguesias do Concelho; o arranjo urbanístico da Avenida de N.ª Sr.ª do Socorro, na freguesia de Albergaria-a-Velha e Valmaior; e o embelezamento do cruzamento da Rua da Cruz com a EN16, em Angeja.
O Presidente da Câmara Municipal destacou a importância das oito assembleias participativas realizadas no Concelho, de onde saíram dois dos projetos vencedores, apoiados pelos presidentes das Juntas de Freguesia de Albergaria-a-Velha e Valmaior, Jorge Lemos, e de Angeja, António Almeida. “Foi enriquecedor ver as pessoas discutirem o que é melhor para a sua freguesia” disse António Loureiro, acrescentando também que o Orçamento Participativo permitiu que as pessoas tivessem uma noção mais correta dos custos dos projetos.
Após a entrega de certificados aos munícipes que apresentaram as propostas vencedoras, Almeida Henriques partilhou a experiência dos dois orçamentos participativos realizados no Concelho de Viseu. “A governação de proximidade não se esgota no ato eleitoral”, afirmou o antigo Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, defendendo o debate público no processo de decisão das autarquias. “O orçamento participativo é um projeto de cidadania que gera bons frutos e estimula as dinâmicas locais”, salientou Almeida Henriques.